terça-feira, 23 de janeiro de 2018

19 por Um

19 de uma a cinquenta

José Sarney dizia com razão: "Governo é como violino: você toma com a esquerda e toca com a direita”, e foi assim com o PT. Leiam "A mosca azul" de Frei Betto e tudo ficará mais claro. 

Agora, o cara "de centro" que diz "Eu não voto em partido, voto em pessoa" é outro fanático-cabeça-dura. Do tipo que aposta na sua própria supremacia no julgamento de valores que mantêm vivos as siglas de aluguel, o fisiologismo, os políticos adesistas, os oportunistas, que podem estar de um lado ou de outro (Jucá, Calheiros, Sarney) sem constrangimentos e nem responsabilidades porque ser de centro permite essa mobilidade venal.
Sendo de esquerda ou de direita,  consegue-se ter bom-senso e respeito pelo oposto e até governar juntos; há convergências, sim. E dizer o contrário é hipocrisia. Não existe nada cristalino é puritano neste cenário. É utópico pensar na possibilidade de uma relação pautada na impessoalidade e no respeito mútuos? Sim, é. Mas conheço algumas exceções comportamentais que assim o procedem e que são infinitamente mais dignas de nota do que as pessoas.

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